Todo mundo sabe que a black music é influência dos
negros americanos. Mas isso começa lá na África do Norte. Os negros africanos
receberam muita influência dos árabes e judeus, dos povos semitas. Por isso eles
têm um jeito percussivo (rítmico) de falar as sílabas.Na cultura africana eles
têm o costume de cantar com respostas as chamadas Melopéias, a repetição de uma
frase que dá suporte para que o solista possa improvisar.Quando foram trazidos
para a América e postos como escravos eles cantavam pra lamentar suas tristezas,
as chamadas Worksongs - cantavam com o timbre não impostado e do jeito rítmico e
também adaptaram o inglês para o black english (o inglês negro americano de
jeito rítmico de falar). Como na melopéia as worksongs também tem as perguntas e
respostas no canto.Os negros quando escravos eram evangelizados e após a
libertação, os negros que foram adeptos do protestantismo permaneceram a
freqüentar os cultos das Igrejas. Como era de costume dos brancos anglo-saxões
cantarem os salmos, os negros aprenderam a cantar com os brancos, com a voz
impostada e usando o diafragma, porém como eles não conheciam a escala diatônica
(escala com sete notas) tinham dificuldades de cantarem nessa escala, por
estarem acostumados com a escala pentatônica (escala de influência oriental com
cinco notas), aliás, eles cantavam na pentatônica menor.E para complicar, eles
sofriam muito com o racismo, o que os obrigou a se retirarem das igrejas brancas
e fazerem seus cultos ao ar livre os chamados CAMP MEETING. E os salmos eram
cantados com apelo no blues, ou seja, na escala pentatônica menor.
Quando houve a libertação dos escravos, musicalmente
falando, eles se dividiram em dois grupos os que seguiram a linha do Blues e os
que seguiram a linha do Spiritual.Nasce então o Spiritual que era cantado à
Capela (só voz). No Spiritual, com o movimento do Pentecostalismo (o avivamento
das igrejas protestantes), ganha um ritmo mais avivado e urbano e os
instrumentos passam a fazer parte, nasce o Gospel (na América do Norte, o gospel
é um gênero musical e não música evangélica, como aqui).Mais tarde o Blues
começa a ser tocado num ritmo mais acelerado, com um apelo mais sensual, nasce
então o R& B (Rythm & Blues). Hoje o R&b é caracterizado pela batida pesada e
feita eletronicamente. No Blues foi incorporado o instrumento, para manter a
característica do lamento das worksongs e as respostas, dessa vez quem fazia,
era o instrumento.Ray Charles – um cantor de Jazz e Blues começa a trazer para o
secular o jeito de cantar do Gospel. E como ele outros cantores e cantoras
Gospel começam a gravar no secular. Nasce a Soul Music, canto com alma – que é o
jeito do gospel, porém com letras que falam de amor. (Interessante que, nos
shows os cantores agiam como se estivessem num culto). (cantoblack.com)
Black Music Gospel no Brasil
No Brasil, o canto black gospel foi introduzido nos anos 80, pelo cantor Álvaro
Tito (uma voz, aliás, que lembra muito o timbre do Steve Wonder). Tivemos
Depois, no começo dos anos 90, a aparição do Matos Nascimento (voz rouca estilo
Ray Charles).
Na metade dos anos 90, cresceu o movimento Black Gospel. A igreja evangélica
Pedra Viva, em São Paulo, foi o grande celeiro de cantores e bandas, tais como:
Templo soul, Quarteto feeling, Quarteto Lynk 4, The Family, Groove Soul, Soul
Dream, Coral Just Sing (Comandado pelo cantor Robson Nascimento, que foi o
modelo vocal inspirador para todos esses grupos e vozes), Raiz Coral (liderado
por Ségio SAAS) e Black Singers. (cantoblack.com)
É interessante lembrar que o black gospel, nos Estados Unidos, precedeu a Soul
Music (versão secular do gospel), a partir dos anos 60, e fez toda uma geração
se influenciar pelo modo ardoroso de se cantar com alma
negros americanos. Mas isso começa lá na África do Norte. Os negros africanos
receberam muita influência dos árabes e judeus, dos povos semitas. Por isso eles
têm um jeito percussivo (rítmico) de falar as sílabas.Na cultura africana eles
têm o costume de cantar com respostas as chamadas Melopéias, a repetição de uma
frase que dá suporte para que o solista possa improvisar.Quando foram trazidos
para a América e postos como escravos eles cantavam pra lamentar suas tristezas,
as chamadas Worksongs - cantavam com o timbre não impostado e do jeito rítmico e
também adaptaram o inglês para o black english (o inglês negro americano de
jeito rítmico de falar). Como na melopéia as worksongs também tem as perguntas e
respostas no canto.Os negros quando escravos eram evangelizados e após a
libertação, os negros que foram adeptos do protestantismo permaneceram a
freqüentar os cultos das Igrejas. Como era de costume dos brancos anglo-saxões
cantarem os salmos, os negros aprenderam a cantar com os brancos, com a voz
impostada e usando o diafragma, porém como eles não conheciam a escala diatônica
(escala com sete notas) tinham dificuldades de cantarem nessa escala, por
estarem acostumados com a escala pentatônica (escala de influência oriental com
cinco notas), aliás, eles cantavam na pentatônica menor.E para complicar, eles
sofriam muito com o racismo, o que os obrigou a se retirarem das igrejas brancas
e fazerem seus cultos ao ar livre os chamados CAMP MEETING. E os salmos eram
cantados com apelo no blues, ou seja, na escala pentatônica menor.
Quando houve a libertação dos escravos, musicalmente
falando, eles se dividiram em dois grupos os que seguiram a linha do Blues e os
que seguiram a linha do Spiritual.Nasce então o Spiritual que era cantado à
Capela (só voz). No Spiritual, com o movimento do Pentecostalismo (o avivamento
das igrejas protestantes), ganha um ritmo mais avivado e urbano e os
instrumentos passam a fazer parte, nasce o Gospel (na América do Norte, o gospel
é um gênero musical e não música evangélica, como aqui).Mais tarde o Blues
começa a ser tocado num ritmo mais acelerado, com um apelo mais sensual, nasce
então o R& B (Rythm & Blues). Hoje o R&b é caracterizado pela batida pesada e
feita eletronicamente. No Blues foi incorporado o instrumento, para manter a
característica do lamento das worksongs e as respostas, dessa vez quem fazia,
era o instrumento.Ray Charles – um cantor de Jazz e Blues começa a trazer para o
secular o jeito de cantar do Gospel. E como ele outros cantores e cantoras
Gospel começam a gravar no secular. Nasce a Soul Music, canto com alma – que é o
jeito do gospel, porém com letras que falam de amor. (Interessante que, nos
shows os cantores agiam como se estivessem num culto). (cantoblack.com)
Black Music Gospel no Brasil
No Brasil, o canto black gospel foi introduzido nos anos 80, pelo cantor Álvaro
Tito (uma voz, aliás, que lembra muito o timbre do Steve Wonder). Tivemos
Depois, no começo dos anos 90, a aparição do Matos Nascimento (voz rouca estilo
Ray Charles).
Na metade dos anos 90, cresceu o movimento Black Gospel. A igreja evangélica
Pedra Viva, em São Paulo, foi o grande celeiro de cantores e bandas, tais como:
Templo soul, Quarteto feeling, Quarteto Lynk 4, The Family, Groove Soul, Soul
Dream, Coral Just Sing (Comandado pelo cantor Robson Nascimento, que foi o
modelo vocal inspirador para todos esses grupos e vozes), Raiz Coral (liderado
por Ségio SAAS) e Black Singers. (cantoblack.com)
É interessante lembrar que o black gospel, nos Estados Unidos, precedeu a Soul
Music (versão secular do gospel), a partir dos anos 60, e fez toda uma geração
se influenciar pelo modo ardoroso de se cantar com alma
Fonte:Omundo gospel
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